Por: Luciane Botto
"Sucesso tem menos a ver com o que você tem e mais com saber quem você é"
Herb Greenberg
Há três perguntas essenciais para quem deseja obter o sucesso profissional: quem sou, para onde vou e com quem vou.
A melhor pessoa para dar essa resposta é você mesmo, a partir das suas experiências, dos papéis que exerce e das prioridades que estabelece.
Há quem passe boa parte do tempo olhando para fora, se comparando tanto com aquilo que o outro fala e faz, que sente dificuldade de olhar para dentro – e reconhecer suas qualidades, potencialidades. Como consequência disso, deixa de ser protagonista do seu desenvolvimento, da sua história. Passa a vida sendo figurante da vida dos outros.
Uma questão de autoestima
Há também quem olhe mais para seus erros do que acertos, e sinta dificuldade até mesmo de receber elogios. Há pessoas que não se sentem merecedoras do sucesso, que não se sentem boas o suficiente, querem ser perfeitas, têm medo de errar e se comparam com os outros. Receitas perfeitas para minar a autoconfiança.
Armadilhas do ego
Marshall Rosenberg, autor do livro “Comunicação Não-Violenta” nos diz que “quando conceitos críticos a respeito de nós mesmos impedem que vejamos a beleza que temos dentro de nós, perdemos a conexão com a energia divina que é a nossa origem”.
E é a pura verdade. Precisamos olhar para dentro e reconhecer em nós mesmos o nosso tesouro. A sabedoria interna é resultado de tudo o que vivemos, lemos e experimentamos.
Numa era de tanto desenvolvimento tecnológico, é preciso, acima de tudo, manter a conexão consigo mesmo e fortalecer ainda mais nossos laços com as outras pessoas.
Quando dizemos “sim” quando gostaríamos de dizer “não”, quando deixamos de expressar aquilo que realmente gostaríamos, estamos declarando nossa falta de respeito por nós mesmos.
As chaves para cultivar a autoestima e abraçar o sucesso
O autor e psicólogo Nathaniel Branden enumera seis pilares essenciais para a autoestima, que são:
1. Viver conscientemente: permitir-se sair do automatismo da vida e ficar no aqui-agora, presente no que estiver fazendo. Ou seja, praticar uma vida consciente. Refletir sobre quem você é, quem deseja ser, onde você está, o que pretende alcançar e o que é preciso fazer para que isso aconteça. Ter consciência do que te impede de ser verdadeiramente você mesmo.
2. Autoaceitação: ser capaz de reconhecer seus talentos e ter coragem suficiente para aceitar suas imperfeições, aprendendo a conviver com o que não pode ser mudado.
3. Autorresponsabilidade: assumir-se como líder da sua vida e ser capaz de responder adequadamente aos desafios que a vida apresenta. Ser responsável por suas decisões, escolhas e por seus resultados.
4. Autoassertividade: disposição para ser você mesmo em todos os seus papeis, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional. Viver com autenticidade, com base na sua verdade, defendendo seus pontos de vista e vivendo de acordo com seus valores.
5. Viver com propósito: colocar seus talentos em movimento e ter a consciência do impacto que você causa nas outras pessoas. Ser capaz de fazer a diferença e dar o seu melhor em tudo o que fizer, por onde andar e com quem encontrar.
6. Integridade pessoal: praticar o "walk the talk". Cumprir com o que promete, honrar com seus compromissos e ser coerente nas atitudes.
A partir do momento que passamos a cultivar esses hábitos, nos sentimos ainda mais capazes de vencer e superar desafios. Então, nos sentimos ainda mais prontos para colocar a mochila nas costas e verdadeiramente seguir na batalha da vida.
Isso nos torna mais fortes, seguros e conscientes para decidir com mais clareza para onde ir e com quem. As decisões se tornam mais consistentes, as comunicações mais claras, objetivas e assertivas. As ideias fluem, os projetos acontecem.
A esse conjunto de coisas, chamo “sucesso”.
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